segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Pastoral dia 21 de dezembro

A QUARTA FEIRA EM QUE DEUS SORRIU!

Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que nem seu próprio Filho poupou, antes o entregou por nós, como não nos dará com ele todas as coisas? Romanos 8.31,32.

A quarta feira passada foi um dia muito especial. Já sabíamos que não seria um culto normal de oração porque, como temos feito nos últimos anos, seria somente para gratidão. É um bom exercício, chegar diante do Todo Poderoso, cheio de desejos e necessidades e, ao invés de pedir, agradecer.

É uma experiência indescritível ver as pessoas, timidamente, começarem a mencionar algo que, em sua opinião, merece ser compartilhado para que a igreja se alegre com ela e, aos poucos outros vão tomando coragem ou se lembrando e o culto parece não ter fim. Sabemos que tudo que é bom vem de Deus e merece gratidão. Mas para isso existiram todas as quartas durante o ano. Quarta não! Esta quarta era reservada às coisas, que em nossa avaliação, eram gigantes e precisavam ser compartilhadas com toda a igreja.

Mesmo sendo a quarta da gratidão, foi uma quarta de gratidão diferente. O número de testemunhos por bênçãos não materiais foi algo que alegrou muito o coração do pastor. Imagine o coração de Deus.

Ninguém desfilou sua fé ou a sensação de ser o preferido de Deus, porque o ano passado estava falido e hoje tem carro importado, tem casas de aluguel, come em bons restaurantes, e vive como o rico da parábola. Nossos testemunhos foram de pessoas que, embora saibam que Deus possa, se quiser, dar todas as coisas, estão mais gratos pelo fato de Deus não ter poupado seu próprio Filho por amor a nós.

Quem esteve presente, viu os olhos brilhando de gratidão pelo simples fato de ter sua vida livre de tragédias, um emprego de doméstica, uma vaga na escola, o amor da igreja pela sua vida, por cura de enfermidade, por poder pagar a faculdade e outras coisas que os adeptos da Teologia da Prosperidade achariam desprezíveis.

Pois é! Nossa quarta de gratidão foi diferente. Deus já estava feliz por ver cumprido em nossa igreja o texto bíblico que os “da prosperidade” rasgaram de suas bíblias: Porque nada trouxemos para este mundo e é certo que nada levaremos dele. Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes (1 Tm 6.78) , mas o melhor ainda estava por vir.

Imagino o grande sorriso de Deus quando os seus filhos começaram a agradecer por conquistas que, de certa forma, foi a razão de Cristo ter morrido – quebrar as cadeias do pecado em nossa vida. Pode-se imaginar, diante de tanta coisa a agradecer, alguém agradecer por ter podido perdoar e pedir perdão ao padrasto? Ou um novo convertido agradecer a Deus por ter mudado seu gênio difícil e pedir perdão a sua irmã.

O culto foi mudando de rumo e o sorriso de Deus, imagino,tenha ficado ainda mais largo quando alguém conta que, para ela, a maior vitória do ano foi ter vencido o vício e, depois de mais de 20 anos afastada, poder se reconciliar com a igreja. Muitas outras coisas aconteceram que mostraram a maturidade espiritual da igreja e sua firmeza doutrinária no compartilhar das bênçãos. Infelizmente não há espaço para tudo, mas algo não pode ficar fora porque, além de alegrar Deus pela sinceridade e valor da gratidão, nos divertiu pela forma como foi dita. Eu vou tentar reproduzir porque foi um jeito adolescente, vocabulário compatível com a idade, mas de um significado contagiante. Foi mais ou menos assim:

Quero agradecer a Deus pela misericórdia dele porque este ano eu fui uma menina muito mau (sic). Eu fiz muita coisa ruim, fugi de casa, apanhei, fiz coisa que os amigos achavam que era legal, mas o legal é fazer o que Deus quer. Agradeço a Deus porque eu não morri este ano e deu tempo de eu me arrepender e voltar.

Por que eu acho que Deus sorriu neste quarta feira? Acho que é porque nós descobrimos o que Ele quer que realmente busquemos. Jesus disse que o comer, beber, vestir, isto é coisa que os gentios buscam e Deus sabe que precisamos e Ele nos dá. Mas, buscar a justiça do Reino é que faz a diferença. Acho que Deus olhou para nossa igreja e dizendo, Valeu a pena, sorriu!

Obrigado igreja por fazer Deus sorrir nesta quarta.
Seu pastor (que está rindo à toa)

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Pastoral de 23 de Novembro

O QUE SÃO ESSAS PEDRAS?


Você costuma guardar tranqueiras? Eu guardo. De vez em quando sou forçado a jogar fora um monte de velharia, porque está ocupando espaço. Confesso que, às vezes, desobedeço a Sandra e só mudo o lugar onde estava guardado

Você se lembra de alguma vez estar arrumando caixas e armários e seu filho perguntar o que é tal objeto? E, como se voltasse um filme, você reviu toda a cena envolvida com aquele objeto? Há coisas que nos remetem a episódios importantes da nossa história e, só de revê-lo, tudo fica muito vivo na memória.

Deus, sempre que um episódio devesse ser lembrado por gerações, mandava o líder separar algum objeto e guardá-lo para memória do povo.

O episódio da travessia do Rio Jordão não poderia ser esquecido (Js 4.1-7). Deus disse a Josué que um representante de cada tribo pegasse um pedra do lugar onde os sacerdotes ficaram parados no meio do rio enquanto as águas se abriram e o povo passou a pé enxuto. A razão está no v.6 e 7. “para que isto vos seja por sinal entre vós , e quando vossos filhos, no futuro, perguntarem: Que vos significam essas pedras?, então lhes direis que as águas do Jordão foram cortadas diante da arca da Aliança do Senhor... Essas pedras serão, para sempre, por memorial para os filhos de Israel.”

Há uma expressão popular que diz que brasileiro tem memória curta por votar no mesmo mal político ou por se esquecer dos ídolos do passado. Os crentes são piores ainda, porque sua falta de memória não só reflete ingratidão para com Deus e como lhe induz a repetir decisões precipitadas ou equivocadas.

O fim do ano está chegando, e com ele aqueles inevitáveis balanços pessoais, que na verdade são mais comparações do que balanços. Comparação do nosso progresso em relação ao ano anterior ou comparação daquilo que conseguimos em relação ao vizinho que sabe menos, trabalha menos do que noós. É assim que tem terminado nossos anos. “O que eu fiz?”

E o que Deus fez para você, por você, na sua família, na sua igreja?

Como você não guardou uma pedra para cada intervenção clara e sobrenatural de Deus, você precisa, agora, fazer um grande esforço mental para lembrar. Eu vou iniciar lembrando quantas pedras eu deveria ter guardado no meu gabinete.

Quando a igreja demonstrou tanto amor por mim em janeiro,
Quando levantou pessoas de Deus para lugares aparentemente insubstituíveis.
Quando alguns irmãos decidiram, ao invés de desanimar, buscar mais a Deus em oração para que Deus agisse na igreja.
Cada vez que um milagre era compartilhado nos cultos de oração.
Quando jovens, por iniciativa própria, reuniram-se para buscar santidade diante do Senhor.
Quando, na reunião de liderança de domingo, eu percebi que Deus havia mudado a visão da igreja, quanto à responsabilidade social,a partir de um trabalho simples com crianças do bairro iniciado pela Valéria, Simone e algumas adolescentes.

Ou ainda como Deus multiplicou nossos poucos recursos financeiros e fez superabundar em generosidade nossos irmãos na doação para a igreja durante este ano.

Eu deveria ter guardado pedras. Assim eu me lembraria mais do que Deus fez em Jardim Utinga em 2008. Mas graças a Deus lembrei ainda em tempo de glorificá–lo.

Essas pedras fazem falta. Se você as tivesse, e seu filho lhe perguntasse o que elas lhe representam, você poderia ensiná-lo a ser mais agradecido a Deus e a amar mais a igreja e ver que a “mão de Deus está aqui”. Poderia aproveitar e ensiná-lo que vida cristã é serviço e não lazer, e que serviço cansa, machuca, traz crítica injusta, mas realiza e atrai bênção.

Quando ele perguntasse sobre o significado das pedras você poderia ensinar que foram vitórias de Deus mesmo no medo, no desânimo, na fraqueza e até na fragilidade da fé, porque a vitória vinha do Senhor. Você poderia ensiná-lo a não desanimar nunca, porque nosso papel é lutar e o de Deus é dar a vitória.

Essas pedras fazem falta, porque nós também precisamos ser lembrados. Muitos não se lembram o que Deus fez. Alguns já desanimaram, entregaram os pontos e, para não ver uma necessidade que não vão suprir, vão ser expectadores em outras igrejas. “Longe dos olhos, longe do coração” .

Tenha pedras, pelo menos imaginárias no coração, como memorial da ação de Deus. Sem pedras, sem memória, Sem memória, sem gratidão. Sem gratidão, sem devoção. Sem devoção, morte.

Se não houver lembranças, seu filho não saberá do poder de Deus e não saberá o quanto Deus ama a igreja e ele também não amará a igreja, porque a memória se perdeu pelo caminho por falta de pedras

Fiquem na paz
Pr. Sidnei

sábado, 8 de novembro de 2008

COISAS DO COTIDIANO

A PROFESSORA BERNARDINA E O HOMEM DA VOZ ESGANIÇADA

Das atitudes malucas que eu tomei na vida, uma delas foi, em 1981, sair da Faculdade de Engenharia e entrar na Faculdade de Matemática com um filho recém-nascido. Além de ter causado uma tremenda sobrecarga à minha jovem esposa, não tive quase nenhum aproveitamento nos estudos. Uma das coisas, porém, de que não me esqueço; as aulas da professora Bernardina. Ela dava aulas de Cálculo às segundas feiras e de Lógica aos sábados à tarde. Era uma senhora alta, quase nunca sorria e sempre usava um lenço no pescoço. Estar num sábado à tarde na faculdade, depois de ter trabalhado e estudado a semana toda e ainda com um filho em casa que poderia estar curtindo ou ajudando a esposa, tornava a cena tão “ilógica” que, estando lá, o mais “lógico” seria prestar atenção nas aulas de Lógica da professora Bernardina.

Ela chamava de “silogismo” o raciocínio formado por três proposições. A premissa maior, a premissa menor e a conclusão. Admitidas as premissas como verdadeiras, a conclusão se deduz da premissa maior por intermédio da menor.

Você pode não ter entendido a Bernardina, mas entende a bíblia quando faz um silogismo. Todo ser humano precisa de Deus (premissa maior) eu sou um ser humano (premissa menor); logo, eu preciso de Deus (conclusão).

Nesta semana, um pregador radiofônico me fez voltar, em pensamento, às aulas de lógica de 1981. Ele disse: “Se você deu sua oferta para esse programa, nós estamos, em jejum, obrigando Deus a te enriquecer porque você está ajudando a pregar a Palavra e Deus não tem escolha. Você deu, Ele tem que te dar. Nós estamos aqui para lembrar Deus do compromisso dEle”. Viajei no pensamento de como a Professora Bernardina analisaria a proposição “Deus ama ao que dá com alegria” (2Co 9.7), um texto que, em tese, contradiz o mercenário radiofônico em questão.

Uma forma de silogismo seria: 1)Deus ama ao que dá oferta com alegria 2) eu dou oferta com alegria; logo, Deus me ama. Mas pode ser também: 1) Deus ama ao que dá com alegria 2) dar com alegria é doar pelo prazer de doar sem exigir nada em troca; logo, Deus ama ao que dá pelo prazer de dar sem exigir nada em troca.

As pessoas que, iludidas pelo argumento desses mercenários, ofertam pensando estar fazendo um negócio lucrativo com Deus, comprando o amor de Deus, enganam-se redondamente. Por ser Deus, Ele nos ama pela necessidade que temos do Seu amor. Ninguém pode comprar ou merecer o amor de Deus. Nada que façamos pode aumentar ou diminuir o amor de Deus por nós.

Deus ama aquele que, por retribuição ao amor de Deus, sem pesar e não forçado, ajuda aos necessitados, mas se ofende com aquele que acha que pode comprá-lo ou extorqui-lo por um dinheiro que Ele mesmo lhe deu. É uma afronta à Sua inteligência.

Acho que Professora Bernardina não aprovaria a hermenêutica do homem de voz esganiçada e trejeitos amalucados. Nem tanto pelo temor reverente a Deus, porque, se me lembro, a professora nunca mencionou essa característica, muito mais pela lógica que rege qualquer ser humano ao analisar 2Co 9.7 e perceber que uma oferta não pode forçar Deus a abençoar, muito menos uma oferta coagida, arrancada, interesseira e sem alegria. Deus não nos ama mais quando damos oferta. Ele se alegra mais quando percebe o exercício prático do nosso amor por aquilo que Ele nos deu.

Acho que me empolguei nas minhas reminiscências. Parece que minha lógica não é tão lógica assim e, “lógica que rege qualquer ser humano”, foi um exagero. Se assim fosse, esses mercenários não sobreviveriam à custa de tantos seres humanos.

Agradeci a Deus pela professora Bernardina, que nunca mais vi desde 1981, por ter me ensinado Lógica. Seu silogismo, Bernardina, talvez tenha ajudado outras pessoas a escaparem das armadilhas hermenêuticas dos aproveitadores de plantão.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Pastoral dia 02 de novembro

OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO

Este é o título de um livro muito lindo, se não me falha a memória, do Érico Veríssimo, aliás, um dos poucos livros que eu li na adolescência. Na minha ingenuidade e quase nenhuma experiência literária, não via conexão do título com o livro. Até que descobri que era uma expressão emprestada do Senhor Jesus.

Essas palavras foram usadas durante um discurso sobre o perigo da cobiça e a avareza. Um homem queria que Jesus convencesse seu irmão a repartir sua herança com ele. Jesus viu um desespero de ambição nas palavras daquele homem e começou a fazer um discurso de alerta.
Fazem parte desta pregação de Jesus outras pérolas como: ”Guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que possui” (Lc 12.15). A televisão, através de alguns programas ditos evangélicos, não faz outra coisa senão tentar desmentir Jesus e muitos dos nossos já foram contaminados com a inquietação, não aceitação, ou ainda, revolta contra não ter os melhores bens. Não vão descansar enquanto não tiver o que determinaram, não importa quantas almas precisem ir para o inferno por causa desta corrida maluca.

“Olhai os lírios do campo” está no verso 27 junto com outras expressões como: “não andeis ansiosos pela vossa vida quanto ao que haveis de comer ou vestir porque a vida é mais que o alimento e o corpo mais que o vestido” (22,23). Quando Jesus nos manda olhar os lírios do campo, Ele quer mostrar nosso valor natural para Deus, nossa incapacidade de fazer algo além da obra de Deus na nossa vida e nossa excessiva preocupação conosco mesmo. Preocupação que não nos fará andar nem um côvado (dois palmos) além do que está previsto na nossa caminhada de vida.

Olhar os lírios do campo significa preocupar-se com o que realmente é importante, o que tem valor eterno, que pode nos dar riquezas no céu. Que buscar o reino de Deus é mais inteligente do que passar a vida buscando bens e reconhecimento.

Olhar os lírios do campo vai nos revelar o que tem sido importante realmente para nós. Vai nos fazer refletir sobre quanto do nosso tempo, pensamos nas coisas de Deus.

Faça um teste: Quanto tempo você da sua mente se ocupa, involuntariamente, das coisas ligadas à igreja? Para ser mais específico: Você já se surpreendeu pensando em como encher os bancos da igreja de pessoas salvas por Jesus? Já se sentiu responsável por isso? Lá pelas 18h30 já veio à sua mente, que pessoas estão dando aulas de reforço escolar para não crentes, e que precisam de oração e ajuda? Às quintas à noite, assistindo TV, já teve um ataque de culpa por não estar na entrega de marmitex evangelizando os marginalizados? Já se sentiu incomodado a visitar, exortar ou animar um membro, irmão seu da igreja, que está fraco na fé e ausente? Sábado à tarde, quando você passou em frente à igreja e viu três ou quatro pessoas tentando salvar algumas crianças de uma rota certa de perdição e sentiu, pelo menos, vontade de oferecer ajuda? Você já, pelo menos pensou, em como trazer as pessoas faltantes à EBD e aos cultos? Você já chorou por ver que tão perto da igreja haja pessoas drogadas, bêbadas ou indiferentes por estarem presas por Satanás? Quando o coral parou de cantar, o que você sentiu?

Precisamos olhar os lírios do campo para ver o que realmente tem nos preocupado, porque no mesmo discurso Jesus diz: “Onde está o teu tesouro, ali está o teu coração”.

Eu te convido a Olhar os Lírios do Campo. Se não souber onde, em Ribeirão Pires tem muito.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

PAUSA PARA MEDITAÇÃO

NÃO AMEMOS DE PALAVRAS

Meus filhinhos, não amemos de palavras nem de língua, mas por obra e em verdade (1 Jo 3.18)

Pelo fato dos seres humanos nem sempre falarem o que corresponde à realidade, precisamos ou queremos provas do que foi dito antes de tomarmos decisões. Assim é com os namorados que precisam de provas que escolheram bem e que são realmente amados, antes do casamento, também o é para condenar um suspeito. Uma pessoa pode dizer o que lhe convém para aliviar uma situação aflitiva, caso recente dos rapazes que, sob tortura, confessaram ter matado a jovem em Guarulhos. Ficaram presos até que se encontrou o verdadeiro culpado.

“Falar é fácil” diz o ditado popular. Se pensarmos que essa desconfiança sobre a validade das palavras do ser humano reside no fato dele ser instável, ser infiel, agir ou falar conforme sua conveniência faz muito sentido. Apenas Deus não muda, permanece fiel e cuja palavra não se altera desde a fundação do mundo. Mesmo esse Deus, que não precisa provar nada, basta sua afirmação, dá provas daquilo que fala. “Mas Deus prova o Seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5.8)

O problema da comprovação do amor de Deus não está em Nele, mas nas características do amor que Ele nos mostra e nos pede. Amor é o que você faz, não o que você diz ou diz sentir. Amor que Deus espera de nós é muito mais do que um sentimento nobre.

João, conhecido como o apóstolo do amor coloca o amor acima da categoria de sentimento nobre:

1. É evidência que passamos da morte para a vida. Sabemos que já passamos da morte para a vida porque amamos os irmãos (Jo 3.14)
2. É evidência que experimentamos o amor sacrifical de Cristo. Nisto conhecemos o amor, que Cristo deu sua vida por nós e devemos dar a vida pelos irmãos (1 Jo 3.16)
3. É evidência da presença do amor de Deus em nós pela generosidade. Quem tiver bens no mundo e, vendo seu irmão necessitado, fechar-lhe o coração, como estará nele o amor de Deus? (1 Jo 3.17)

Jesus disse certa vez que a forma de mostrar que O ama é ter e guardar os seus mandamentos. Palavras são palavras, amor é demonstração. Se Deus que tem palavras eternas provou que amava, porque deveríamos achar que Deus vai se impressionar apenas com declarações de amor sem demonstração.

Amar a Deus é servi-lo, viver e morrer por ele. É amar sua obra e sonhar seus sonhos. Dedicar-se por inteiro: em pureza, santidade e serviço. É amar o que Ele ama e odiar o que Ele odeia.
Filhinhos, não amemos de palavra.

Fiquem na Paz
Pr. Sidnei

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Pastoral de domingo 3 de agosto

Se o senhor tivesse falado um pouco antes.....

Sabe aquelas histórias trágicas que a gente ouve e que, de tão trágica, parece inverossímil. Pois é, esta é uma dessas. Eu a ouvi quando estudava especialização em missões na Faculdade. Por alguma razão esta história, no meio de tantas histórias sobre a urgência missionária, ficou incomodando minha mente por muitos anos.
A história é de um missionário recém chegado à Índia. Ainda fazia suas visitas de reconhecimento dos costumes locais e do comportamento individual das pessoas, quando deteve-se numa mulher que abraçava seu filho recém nascido e se deslocava de um lado para outro, às margens do rio sagrado para os indianos e principalmente para os Indús.
A mulher parecia relutante sobre algo que tinha que fazer embora não quisesse. A suspeita se confirmou. Depois de um último abraço e um longo beijo, a mulher jogou a criança dentro do rio que, aos poucos, foi absorvendo a crianças em suas águas escuras.
O missionário, chocado, correu na direção da mulher e perguntou por que fizera aquilo. Se fosse um filho indesejado ou não tinha como criar, que desse outra família. Sua surpresa foi maior quando ela revelou ser exatamente o contrário. Ela amava o filho mais do que tudo e tinha condições de criá-lo como um príncipe, mas fizera aquilo para agradar os deuses e para ser abençoada na sua vida espiritual.
Ainda em choque, o missionário, longamente, explicou que Cristo já havia morrido em nosso lugar e que o preço da nossa redenção já estava pago.
A mulher olhou firmemente para o missionário com um misto de gratidão e desilusão e disse: “Se o senhor me tivesse dito isto há alguns minutos, meu filho ainda estaria vivo”
Existem urgências e urgências. Algumas urgências estão na esfera dos anos, meses. Há outras, no entanto, que são de minutos. Se esperarmos para agir, algo desastroso pode vir a acontecer com reflexos para a eternidade.
Você deve estar pensando na questão missionária e não está errado. Mas vai mais além. Há decisões e ações que se demoradas em se tomar, podem trazer tragédias irreparáveis.
O pecado é uma delas. Um minuto de pecado pode destruir uma vida. A consagração à santidade é outra. Retardar esta decisão pode já não ser a mesma coisa para o corpo, a mente e o espírito.
É claro e óbvio que trabalhar por vidas está incluído nesta lista. Pense em quantas vidas são prejudicadas a cada minuto que você retarda sua ação.
Acrescente a esta lista tantas outras decisões que se não forem tomadas com urgência pessoas vão sofrer, inclusive você.
Fiquem na paz
Pr.Sidnei

Visita do Pr. Sidnei à Missão AMME evangelizar

Na ùltima sexta feira estive falando aos missionários na sede da Missão em Santo André.
O pastor José Bernardo (FOTO), Presidente da Missão, trouxe um palavra de encorajamento ante os desafios do Brasil e um palavra sobre os missinários que estão na China por ocasião dos Jogos Olímpicos.
Foi um tempo precioso de gratidão a Deus pelos avanços nas áreas de treinamento e consultoria em evangelismo em todo Brasil.
Após o culto houve uma gostosa refeição.

Visita à Missão AMME Evangelizar






Meditamos sobre como o missionário pode investir em si mesmo para ser mais equilibrado e produtivo na obra, baseado em Filipenses 4. 5-9.


1. Sendo receptivo aos ensinamentos (v.5)


2. Não produzindo ansiedade (V.6)


3. Protegendo a mente (V.8)


4. Praticando as virtudes do evangelho (v.9)










Sindrome de Mãe Coruja - Como levar seus filhos à morte por uma avaliação equivocada
Os livros das minhas netas de sete e nove anos trazem artigos sobre a camada de ozônio, biosfera, aquecimento global para ensinar interpretação de texto e para desenvolver o vocabulário, mas nem sempre foi assim. Eu estudei com fábulas e estórias como "Quem manda na floresta?" ou "A cautela da cotovia". Havia também as estórias com fundo moral que no final fechava com um provérbio que visava melhorar o caráter das crianças.
Das estórias mais marcantes estava a da "Mãe Coruja". Nessa estória um gavião sempre que voava pela floresta , à medida que passava pelos ninhos ia abocanhando os filhotes de todos os pássaros e aves. Um dia, a mãe coruja passou pelo gavião, suspeitando que ele iria para a floresta e que seu filhotes estavam desprotegidos no ninho, usou de todos os argumentos para tentar livrar sua prole. Lembrou-se, então, que o gavião lhe devia favores e apelou para a consciência do gavião. O gavião, então, cedeu aos apelos da senhora coruja e prometeu poupar os seus filhotes. "Como vou identificar seus filhos" - perguntou o gavião - a coruja, mais que convicta, responde: "É fácil, meus filhos são os mais lindos da floresta". Com essa informação o gavião sobrevoou as árvores e quando viu um ninho com quatro criaturas horríveis pensou: "certamente estes não devem ser os filhos da comadre coruja" e os abocanhou.
O que me intrigou foi o fato do meu livro achar que a coruja era um bom exemplo moral e a estória terminava com a solene frase " Quem ama o feio, bonito lhe parece"
Tá bom! Como eu era uma criança de nove anos, não pensei muito sobre o quanto a coruja foi culpada pela morte dos seus filhos. Hoje, pai, avô e pastor tenho visto a mesma síndrome da mãe coruja. Pessoas expondo seus filhos à morte (do caráter, da espiritualidade, da maturidade e até física) por uma avaliação equivocada sobre quem eles realmente são. Vamos ver onde a coruja errou para que nossos filhos não tenham o mesmo destino dos filhos da coruja.
Se a coruja tivesse uma visão realista da feiúra dos seus filhos eles não teriam morrido. Não é falta de amor ter um visão realista do caráter, da índole, do comprometimento e da espiritualidade dos nossos filhos. Isso nos permite ajudá-los. Há pais que não querem ver o que seus filhos realmente são. Realçam as virtudes para compensar as deficiências de caráter e assim amortizam suas consciências.
Se a coruja soubesse que por repetir reiteradas vezes que eles eram lindos, não os tornaria lindos seus filhos não teriam morrido. Há pessoas que profetizam e decretam que seus filhos são e serão bençãos e deixam o destino cuidar do resto. O tempo vai passando, os filhos vão crescendo, a coisa vai piorando e nada é feito. Não há admoestação, confrontação, apenas um otimismo exacerbado que leva a cegueira.
Se a coruja considerasse a avaliação dos de fora sobre seus filhos eles não teriam morrido. Provavelmente a coruja achava que os comentários dos outros pássaros sobre a beleza de seus filhotes eram por pura inveja. O mínimo que ela poderia fazer era acompanhar o gavião, pois podia ser que o gavião também pensasse como os outros pássaros. Mas ela estava tão segura da sua avaliação que não precisou conferir. Cansei de ouvir de mães que não aceitam avaliação do caráter de seus filhos. "Não importa o que vocês pensam, para mim ele é uma bênção" - Essa segurança cega pode causar a morte dos filhos.
A bíblia fala de um pai que não quis ver o que todos já tinham visto nos seus filhos - O sacerdote Eli. Ele os amava demais para crer que eram maus. Quando esboçou uma exortação já era tarde demais. Perdeu dois filhos por amar errado.
Confesso que não foi prazeroso julgar minha amiga dona Coruja tantos anos depois, no entanto eu acho que quem ama o feio deve amá-lo mais porque é feio e precisará de apoio psicológico neste mundo de culto à beleza, assim como aqueles que tem problemas espirituais, morais, precisam de mais amor para encontrar uma saída, mas o que ele não precisa é de uma avaliação equivocada que o expõe às garra do "gavião" das nossas almas.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Pastoral 20 de Abril

Quanta Honra!

Você já percebeu que algumas honrarias tão desejadas vêm acompanhadas de deveres.
Na França antiga havia os mosqueteiros. Os jovens passavam toda sua vida sonhando ser um mosqueteiro do rei. Alguns eram preparados desde a infância e passavam a vida buscando esse objetivo: ser a guarda pessoal do rei. Isso significava morrer pelo rei. Assim é o serviço secreto presidencial americano: o juramento de se colocar na frente do tiro para proteger o presidente.
A posição que nos foi conquistada é bem maior do que a guarda pessoal do rei da França ou do serviço secreto presidencial americano. Somos raça eleita, sacerdócio real, nação santa, propriedade exclusiva do Senhor. Certamente este privilégio e posição não se igualam a nada. Mas como todo elevado privilégio, vem acompanhado de expectativas que são inerentes ao cargo. Tanto o mosqueteiro quanto o agente americano sabe que espera-se dele que, se necessário, dê a sua vida para que o rei ou presidente viva. Ele aceita o privilégio se quiser.
Por que nós aceitamos somente o privilégio e não lemos a segunda parte do contrato. Há uma expectativa decorrente desta posição: a fim de proclamarmos as virtudes daquele que nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz.
Parece que não temos nenhum constrangimento de desfrutar dos privilégios esquecendo-nos que esses foram dados com uma expectativa. Se aceitarmos um, temos que aceitar o outro.
Como você tem proclamado as virtudes de Deus? ou ainda, você tem proclamado?
Não te soa como alguém que recebeu o dinheiro adiantado para fazer uma obra e não fez?
Sei lá... é bom refletirmos melhor sobre as coisas que condenamos para os homens, mas fazemos para Deus.
De qualquer forma, está aí um alerta. Não seria um dos pontos de santificação para vermos maravilhas?
Fiquem na paz

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Pastoral do Boletim de 10/02

Você tem medo de rir?

Você já reparou que, para algumas pessoas, rir parece uma falha de caráter. Para estas pessoas, rir significa imaturidade, falta de seriedade, postura inadequada ou ainda, pasmem, falta de espiritualidade. Algumas pessoas trazem dentro de si uma informação implantada, como um chip, que censura toda vez que vê alguém rindo. Há que ache que exista excesso de bom humor e classifica aquele que ri à toa como “bobo alegre”.
O que leva pessoas acharem que não rir passa a impressão de respeitabilidade e espiritualidade?
Nestas férias eu descobri isto também. Foi num desses canais de cultura.Tudo tem a ver com a história do cristianismo e a igreja oficial.
No começo do cristianismo os cristãos de Roma eram despedaçados na arena pelos leões. Alguns deles traziam escritos no corpo nome de pratos apreciados pelas pessoas, como se fossem as refeições dos leões. Todo esse sofrimento e humilhação eram para provocar riso na platéia enlouquecida pela maldade.
No século IV, quando Constantino, o Imperador, se tornou cristão a igreja cristã passou a ser divinizada como o imperador. A igreja, então, proibiu o riso e excomungou todos os atores que provocavam risos com sua arte.
Durante mil anos o riso foi proibido, voltando na idade média, mesmo contra a determinação da igreja. O rei Luís da França costumava rir, mas nunca às sextas feiras, dia em que Cristo morreu.
A necessidade do riso gerou o Festival dos Bobos e surgiram as companhias circenses com anões, deformados e felinos. Surge, nesta época, a figura do “bobo da corte”. Ele era um sujeito que podia falar o que quisesse, sem ser punido, até criticar o rei, desde que os fizesse rir. E o riso voltou ao cenário da história, mas sob os protestos da igreja católica.
O riso, durante muito tempo foi símbolo de pecado e vinculado a divertimento às custas do sofrimento alheio. Esse ranço do catolicismo da idade média passou para os nossos arraiais e alguns de nós associamos o riso a algo pernicioso. “O profundamente espiritual não ri”. Eu não tenho culpa se os romanos riam às custas da morte dos cristãos. Eu rio porque é uma manifestação de alegria e melhora o meu estado de espírito e até a minha saúde.
Normalmente as pessoas que não riem, são azedas até consigo mesmas. Ou porque não acham motivo para rirem, ou porque, mesmo tendo motivos, não se permitem rir. Mesmo sem saber porquê, acham que não devem.
Está explicado porque a igreja proibiu o riso por mais de mil anos. Ela achava que estava venerando a memória dos mártires que provocaram risos pelo seu sofrimento. Mas e nós, por que não podemos rir?. O problema não estava no riso, mas na maldade de quem ria.
Se você sentia que tinha alguma coisa dentro de você que dizia que rir não é espiritual, agora descobriu que foi a igreja vendeu esta idéia por séculos. Seus problemas acabaram.
Solte uma gargalhada no seu quarto para treinar, depois não segure quando tiver vontade de rir, desde que não seja às custas da humilhação de alguém, porque isso só faz bem à saúde.
Nesta igreja é permitido rir.
Um abraço

SERMÃO DE DOMINGO 10/02


EU, ESAÚ E DEUS - Gênesis 25. 27-34


INTRODUÇÃO
Um dos pressupostos da hermenêutica é que nenhum leitor é neutro. À medida que lê, faz sua própria interpretação à luz de sua experiência pessoal, seu valores, sua visão de mundo.
Uma leitura difícil de se fazer, sem tomar o partido de Esaú e odiar Jacó, é esse episódio da venda da primogenitura por um prato de lentilhas.

Nossos valores morais, éticos e sociais embaçam nossos olhos de forma a não conseguirmos ter, por Esaú e Jacó, os mesmos sentimentos que Deus teve, nem fazer a mesma avaliação que a bíblia faz.
O que está por trás dessa transação de compra e venda é que deve ser considerado e não a narrativa em si. Podemos, a partir dessa análise, também entender porque temos a tendência de tomarmos partido de Esaú. Vamos entender melhor essa tal primogenitura que foi trocada por um prato de lentilhas e causou tanta desgraça.
Primogenitura era uma posição social. Dava primazia e honra sobre os demais irmãos. Em Israel, a porção da herança do primogênito era dobrada. Essa posição era um direito de quem nascia primeiro e só poderia ser perdida em caso de pecado grave ou de venda testemunhada ou sob juramento.

O DESCASO DE ESAÚ E OS VALORES DE DEUS
As próprias características da primogenitura explicam, talvez, o porquê da atitude de Esaú.
- Ele era primogênito natural e não tinha feito nada para merecer. Apenas nasceu primeiro. Não lhe custou nada.
- A primogenitura só é valorizada apenas por quem pensa como Deus. Deus estabeleceu que essa posição era privilegiada. É uma avaliação subjetiva e idealizada por Deus Até no caso de um homem ser casada com duas mulheres, uma que amava e outra não, caso seu primeiro filho fosse da mulher não amada, a primogenitura deveria sobrepor à sua preferência e deveria dar as honras de primogênito a essa criança. (Dt 21:15-17).
- Honra não enche barriga para quem é materialista. Reverência, respeito e honra não representavam nada para pessoas como Esaú.
- A herança em dobro era algo para o futuro, quando o pai morresse. Era uma promessa que poderia nem ser desfrutada. O pai poderia perder tudo ou o filho poderia morrer antes do pai. Um imediatista não valoriza nada além do aqui e agora.

Alguns crentes não conseguem criticar Esaú devido a sua identificação com ele.
- Da mesma forma que Esaú vendeu barato seu direito de primogenitura, alguns têm vendido por quase nada sua posição de filho amado do Pai.
- A posição de filho de Deus é algo do interior, não palpável e não desfrutável humanamente. É posição de honra, valorizada por Deus. Isto não tem sido valorizado o suficiente. E quem chegar com uma proposta tentadora, leva a honra e a posição de filho.
- A herança dos filhos é para o futuro. As promessas, algumas, são para além túmulo. Muitos não se interessam pelo que ainda virá. Aquilo que satisfaz agora prevalece sobre as promessas espirituais a perder de vista.

- A condição de filho foi um presente de Deus que, como não custou nada, às vezes é desprezada. Como esse valor está no coração de Deus e só Ele sabe o quanto custou. Somos guiados pelos valores da sociedade consumista e imediatista que não reconhece os valores espirituais.




AS DESCULPAS DE ESAÚ E A AVALIAÇÃO DE DEUS
Esaú se considerou vítima até quando pôde, depois transformou sua fragilidade em ódio. Ele via se via de um jeito, mas Deus o via de outro.
- Esaú se via um pobre faminto, prestes a morrer. Deus sabia que não estava morrendo de fome. Ninguém more de fome tão facilmente. Além do que, ele vinha do campo e era exímio caçador. Derek Kindner dia que as traduções modernas acabam abrandando a forma como ele se referiu.”Deixe-me engolir um pouco dessa droga vermelha, essa droga vermelha” (Heb)
- Ele se via como uma vítima com sentido de auto preservação. Deus o viu como o profano que desprezou o que Deus valorizava. (Hb.12:16, 17) Um prato de lentilhas (e nem era picanha) valeu mais que sua posição de filho primogênito.
- Ele se achava ludibriado por Jacó nesse episódio. Quando ele foi verdadeiramente enganado ele incluiu esse episódio. “Não é com razão que ele se chama Jacó? Duas vezes me enganou. Tirou-me o direito de primogenitura e agora me rouba a bênção”.(Gn 27.36). Não foi assim que Deus o viu. Deus viu um homem que agiu como se a primogenitura não valesse nada e nem se incomodou em vendê-la. “ ... ele comeu e bebeu, levantou-se e saiu. Assim desprezou Esaú o direito de primogenitura.

A essa altura já é possível perceber porque ficamos inexplicavelmente com pena de Esaú, mesmo sabendo que não é politicamente correto fazê-lo. É nossa identificação com seu modo de encarar as ofertas da vida.
Jacó não era santo. Foi enganador, usurpador, se fez inimigo do seu irmão e colheu o amargo fruto de suas trapaças. Sofreu enganos, trapaças e nada do que ele conseguiu, fraudulentamente, pode desfrutar. Precisou fugir e deixando tudo para traz, sofrendo para reconstruir sua vida.
Jacó foi tudo de ruim nesse episódio, mas não obrigou seu irmão a nada. Somos solidários a Esaú porque, às vezes, adotamos a mesma postura e damos as mesmas desculpas.

- Às vezes, como Esaú, por não valorizarmos o suficiente a nossa posição de filhos, facilmente nos vendemos às ofertas de satanás.
- Às vezes, como Esaú, preferimos desfrutar o que é palpável e presente do que viver as promessas.
- Às vezes, como Esaú, aquilo satisfaz a minha vontade agora tem prioridade sobre a glória de “ser” um filho de Deus que agrada a Deus.
- Às vezes, como Esaú, não pensamos no futuro.Nem nas bênçãos que perderemos, nem nas conseqüências amargas que sofreremos. Vejo essa inconseqüência em várias situações:
. No moço que se sente bem saindo com amigos imorais, faz o que não deve e depois sofre as conseqüências de vergonha e dor.
. Na moça que se veste escandalosamente e depois passa pelo constrangimento do assédio selvagem, quando não do ataque de um doido e de ouvir comentários depreciativos. Ou ainda a moça que fica com todo mundo e depois se queixa que ninguém a vê como uma moça para casar, só para passar tempo.
. No adulto que age desonestamente para satisfazer uma necessidade momentânea criando sérios problemas morais e espirituais.
- Essa solidariedade com Esaú vem da identificação com ele, principalmente nas desculpas pelo pecado. Esaú achou que era impossível não ceder à oferta de Jacó, culpou seu irmão pelo seu erro e não considerou seu erro como erro.

CONCLUSÃO
Esaú foi tentado a vender seu direito de primogenitura. Uma posição de honra instituída por Deus. Nisto todos nós nos identificamos com ele.
A todo o momento somos tentados a trocar nossa posição gloriosa de filhos de Deus por uma refeição de prazer, ousadia, resultados rápidos, identificação com os valores do mundo.
Esaú escolheu ceder porque não achou que valesse a pena esperar desfrutar dos privilégios de sua posição. Nisto nos podemos diferir de Esaú.
Pecar é opção e ninguém nos obriga a pecar.
Podemos ser solidários a Esaú nos seus argumentos, atitudes e desculpas ou assumir uma posição diferente diante das ofertas de satanás para trocar nossa posição honra e as glórias futuras e por satisfação ou privilégios momentâneos.