quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

CONVERSA COM A ALMA


Quando eu era menino, ouvia sempre a minha mãe usando a expressão: “estava falando cá com meus botões”. Eu nunca soube bem o que isso queria dizer, principalmente porque poucas vezes minha mãe usava roupas com botões.
O tempo vai passando, a gente vai crescendo e os problemas vão chegando. Os problemas de gente grande geralmente deságuam na alma e lá se instalam. Como a alma é bem escondida, a gente deixa o problema lá até que ele já não nos incomode mais. O problema é que quando ele deixa de nos incomodar paramos de pensar nele, a partir daí ele começa a provocar doenças na alma que também não vemos, mas sentimos seus efeitos.
O salmista Davi diz em um de seus salmos: Porque está abatida ó minha alma por que está aflita dentro em mim? Confia em Deus. Parece que ele está meio decepcionado com sua alma como se ela fosse um ente fora dele, como os botões da conversa da minha mãe. Em outro salmo, no entanto, ele parece estar efusivamente disposto a motivar sua alma a louvar ao Senhor. Ele diz no Salmo 103: Bendize ó minha alma ao Senhor e tudo o que há em mim bendiga o seu Santo Nome. Bendize ó minha alma ao Senhor e não se esqueça de nenhum de seus benefícios.
O pastor Rubem Amorese num de seus livros sobre adoração recomenda que tenhamos um encontro com a nossa alma em algum lugar solitário que ele chama de “o quarto”. Ele sugere um encontro a três. Nós, nossa alma e Deus. Uma alma ferida adoece o corpo todo. Isto está na bíblia, mas nós não acreditamos, ou pelo menos agimos como se não acreditássemos. Uma alma ferida não se cura com o tempo. É como um prato com restos de comida que guardamos junto com os pratos limpos. O tempo não vai limpa-lo, os detritos vão apodrecer e o clima ficará insuportável. Nossa alma é assim. A bíblia diz que devemos tratar da nossa alma, mas insistimos em acreditar e praticar o provérbio que diz que o tempo cura tudo.
Nós abandonamos nossa alma e colocamos a culpa da nossa doença nos outros. Nós fugimos de conversar com nossa alma e nos defendemos dizendo que as pessoas não nos ouvem, quando nós não ouvimos o grito das nossas almas. Uma alma ferida precisa ser tratada. É na alma que nascem os sentimentos mais nobres, mas também os mais vis e torpes. A doença da alma mata silenciosamente e atinge todos à volta, primeiramente aqueles a quem amamos. Damos-nos o direito de derramar nosso fel sobre eles e exigimos, como prova de amor, que tenham os mesmos sentimentos amargos que nós, mostrando assim a solidariedade que precisamos. É um ultraje, mas uma alma doente não percebe isso.
As doenças da alma devem ser curadas na alma. Não adianta tentar curar os sintomas nem mascarar as causas. É preciso uma conversa a três. Trate sua alma como alguém, fora de você, que está precisando de cuidados urgentes. Converse com ela, extraia dela tudo que a tem adoecido e peça para Deus curar. Davi no verso 3 do salmo 103 diz para sua alma: É Deus quem perdoa todos os seus pecados e cura todas as suas doenças. Só Deus pode curar as feridas da nossa alma, mas é preciso conversar com nossa alma e descobrir, com a ajuda do Espírito Santo, o que está deixando nossa alma doente.
Tenha uma conversa séria com a sua alma. Isso é urgente. Nossa alma faz-nos pensar acerca de nós de maneira embaçada. E a bíblia diz que assim como o homem se imagina, assim é. Você é mais e melhor do que pensa de si mesmo. Converse com sua alma na presença de Deus que a coisa vai melhorar.
Boa conversa!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O PAI DA NOIVA - O dilema de ser politicamente correto.

Teria sido eu o único a chorar ao assistir a comédia “O Pai da Noiva”? Como pode alguém chorar numa comédia, principalmente com Steve Martim? Eu posso. Eu pensava em como me comportaria quando chegasse a minha vez e, por mais que eu tenha implorado para que não chegasse, chegou.

Eu sei que o comum nessas horas é ser politicamente correto com frases do tipo “eu não perdi uma filha, ganhei um genro”. Não é verdade, eu estou ganhando um genro sim e, diga-se de passagem, um excelente genro (dentro do que é possível a um genro), mas também estou perdendo a minha filhinha e ninguém pode dizer o contrário. Não serei mais eu quem vai curar suas feridas ou ficar com ela deitado no chão do quarto olhando as estrelas do teto que refletem no escuro  até que ela se acalme. Quando ela tiver pesadelos minha cama não estará mais a poucos passos, no final do corredor, para que ela termine a noite, segura, entre eu e a mãe dela. Então não me venham dizer que eu não perdi a minha filha, pois não é verdade. Ela continuará sendo, como sempre foi, uma de minhas melhores amigas. Vai me defender com unhas e dentes, como sempre fez, mas não será mais o meu bebê.

Não é possível que os pais que casam suas filhas realmente pensam aquilo que falam. Esta eu ouvi de um colega, cujo filho estava se casando e com planos de mudar-se para o exterior. Quando eu perguntei como ele suportava duas cacetadas ao mesmo tempo, ele respondeu com serenidade: “Nós geramos filhos para a vida”. Confesso que fiquei com uma ponta de inveja pela fibra do meu amigo. Gostaria de pensar assim, mas não penso. Esse deveria ser o meu discurso agora, mas eu me dou o direito de dizer que a vida levou meus dois filhos mais velhos sem a minha autorização e agora vai fazer o mesmo com a minha caçula.

Muitas pessoas dizem que não se prepararam para ficar sem os filhos e que quando o último filho casou, não sabiam mais viver apenas como casal. Eu desenvolvi um relacionamento com a minha esposa em que realmente gostamos de ficar sós. Não colocamos nossos filhos acima do nosso relacionamento conjugal durante esses nossos quase trinta e três anos de casamento. Preocupamo-nos até agora com a segurança e o bem estar deles, mas nunca fizeram com que esquecêssemos de que éramos um casal. Agora, no entanto, parece que isso vai fazer falta no cômputo das horas de convivência. Precisaria de um pouco mais de tempo para curtir os filhos. Não é “mea culpa”, mas talvez seja bom escrever, para no caso de algum deles ler meu texto, se sentir bem.

O politicamente correto nesta hora é olhar para tudo de bom que você ajudou a conquistar. Os três filhos são formados na universidade e bem encaminhados profissionalmente. A caçula, a noiva em questão, tem posições ministeriais muito convictas. É comissária de bordo aprovada na ANAC, mas trabalha como professora de português e literatura na escola mais violenta de Santo André. Parece o filme do Morgan Freeman. Faz isso por duas razões, uma para poder estar na igreja todo fim de semana e outra para fazer capelania escolar e salvar algumas crianças e adolescentes da marginalidade. Essas decisões me enchem de orgulho (e de contas). Na prática meu sentimento é outro. Não sei se outros pais têm o mesmo sentimento, mas eu só consigo me lembrar do que eu não fiz. Sinto que não a protegi o suficiente. Que quando ela me dizia que não era para eu me envolver que ela resolveria, eu deveria ter ignorado sua voz e ouvido a sua alma. Vem-me à mente, as vezes em que, atendendo ao seu pedido, deixei que ela chorasse sozinha trancada no seu quarto. Acho que nessa hora, as coisas que deixei de fazer pesam mais do que as que eu fiz. Não sou depressivo (pelo menos não diagnosticado), apenas me dou o direito de não ser o pai da noiva politicamente correto.

O tempo passa muito rápido e nessas horas  a correria e a euforia para os preparativos só me aborrecem mais. Parece que o Cosmos conspira contra mim. Entrou no ar um comercial de companhia de seguros que mostra um pai com uma criança e o narrador falando das coisas que você não pode evitar que aconteça na caminhada de sua filhinha. Não era hora de lançar este comercial!

Como o blog é meu, eu me dei o direito de não ser politicamente correto nos meus comentários sobre a experiência de ser o pai da noiva. Alguns vão estranhar, outros  certamente vão discordar (dos comentários, não dos sentimentos), mas alguns serão honestos e farão coro comigo. Ser pai da noiva dói!

Dia 11 de fevereiro, no entanto, estarei lá. No altar, junto com a minha rainha, ao lado da minha princesa. Estarei sorrindo, feliz pela felicidade dela. A entregarei ao noivo para que cuide dela dali para frente, com a certeza de que Deus fará parte desse casamento. Como pastor, não tenho dúvidas de que casamento é uma invenção de Deus, como crente, confio que tudo dará certo porque ambos fizeram tudo em oração. Mas que ninguém se engane quando me vir sorrindo...

Sou o pai da noiva

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

ENTENDES O QUE VÊS?

ENTENDES O QUE VÊS?
Uma reflexão sobre a “Babel” da pregação televisa e seus reflexos no cotidiano batista.

“Entendes o que vês” tem uma semelhança sonora com a pergunta que Felipe fez ao eunuco quando este lia o livro de Isaias, sozinho, enquanto sua carroça caminhava. Ao perguntar ao empregado da rainha “Entende o que lês?” a resposta foi imediata: “como poderei entender se alguém não me ensinar”. Ele pediu a Felipe que subisse no carro e explicasse as Escrituras.
Temos, neste episódio, um homem bem intencionado, interessado nas coisas de Deus, mas sem as condições mínimas de conhecimento para discernir, sequer, de quem o profeta falava. Para sorte desse homem, Felipe fora enviado por Deus para encontrá-lo e mostrar o sentido da Palavra de Deus. Infelizmente, não temos tido a mesma sorte com aqueles que ocupam longas horas na televisão, colocando-se na posição de Felipe, com a pretensão de interpretar a bíblia para o povo que os assistem.
A Babel está formada. Esses homens já não se contentam apenas em usar textos isolados da Palavra de Deus para apoiar seus pontos de vista, quase sempre tendenciosos, ou sua doutrina. O tempo disponível é tanto, que ainda dá para usar a Palavra para acusar seus concorrentes ou defender-se deles para garantir o disputado mercado dos contribuintes, auxiliares, associados, gideões, parceiro fiel, colunas e outros adjetivos. A Palavra de Deus serve apenas como um apoio sagrado à idéia de que o investimento no seu ministério é o que tem o retorno mais garantido.
A que atribuir tamanho desvio dos propósitos do texto? Poderíamos considerar como o fenômeno da heresia involuntária, por não entenderem o que lêem? Penso que nem o mais longânimo dos críticos daria o benefício desta dúvida a esses pregadores. Parece-nos que, deliberadamente, a idéia é trazer confusão na mente daqueles que, não satisfeitos com os poucos minutos que desfrutam da mensagem na sua igreja, complementam sua jornada espiritual, como que tentando mostrar para Deus que não vai aos cultos de oração e estudo bíblico, mas gastam horas em frente à TV ouvindo o dissidente do dissidente que formou seu próprio império eclesiástico do qual ele é o sumo pontífice e do qual ninguém ousa discordar.
Tornou-se um vício. As pessoas começam com Silas Malafaia e RR Soares. E não há quem diga que nunca foi abençoado, pelo menos uma vez, ao ligar a TV na madrugada e ouvir um homem aos gritos pregando. Aos poucos, no entanto, uma mensagem, teologicamente moderada, e que trata de vida cristã já não satisfaz e o membro passa a consumir pequenas doses dos pregadores clonados da IURD e só acorda no domingo com o grande culto no templo maior ouvindo o próprio Edir Macedo. Mas um viciado é um viciado e ele começa a ter suas rotinas de consumo alternando Record e Rede Gospel com precisão suíça de horário. Estevam e Sônia Hernandes estão num patamar de consumo mais restrito, pois só são encontrados na TV paga. Isso atenua os efeitos em algumas igrejas. Mas como escapar do Waldomiro? Ele é encontrado em todo lugar a todo o momento. Conheço pessoas que consomem, no mesmo dia, doses elevadas de Waldomiro associadas com Sônia Hernandes.
Você conhece a estória do sujeito viciado em cachorro quente que um dia pôde comer o quanto agüentasse? Pois é, ele comeu vinte sanduíches e começou a passar mal. Alguém lhe disse “tome um sonrisal que melhora”. A resposta foi. “Se houvesse algum espaço no meu estômago eu comeria mais um cachorro quente”. Pois é, quando chega a hora de ler a bíblia, ir a um culto no lar ou mesmo assistir o programa do Pr. Kenji ou de ver Hernandes Dias Lopes não há espaço para mais nada. A mente está sobrecarregada com overdose de pregação televisiva massificada.
Qual o reflexo imediato disso nas nossas igrejas?
Começa, como já dissemos, pela sensação de saciedade espiritual. Como quem comeu um quilo de salgadinho de isopor.
Ato contínuo, o abandono da leitura sistemática da bíblia. Afinal, já vem tudo pronto e “interpretado”.
Aos poucos esses pregadores que ocupam canais e horários permanentes passam a ser os pastores virtuais desses consumidores compulsivos. Eles são a referência de fé, de prosperidade, de entusiasmo, de perseverança.
Um pouco mais e reflexos se estendem ao ambiente da igreja. O pastor local já não é tão eloqüente, a igreja não tem tanta gente, não se dá notícias de tantos milagres, ninguém fica milionário da noite para o dia, algo está errado na igreja.
Passa então para as crises existenciais. Por que o pastor da TV prospera tanto e o nosso pastor continua com seu fusquinha?
Não há problema em ver programas evangélicos na TV. Ainda é melhor do que ver novelas e pornografia. A grande preocupação é: Entendem o que vêem? São mensagens antagônicas. São discursos excludentes. Se você acredita em um, não pode aceitar o outro. O excesso de pregação triunfalista, sem cruz, sem santidade, sem amor ao próximo, fez com que as pessoas, antes criteriosos em suas escolhas, perdessem completamente o senso crítico. Consomem tudo, aceitam tudo, acreditam em tudo. Como diria minha mãe: acendem uma vela para Deus e outra para o diabo.
O óbvio não tem sido visto. A pregação vai na contra-mão do ensino de Jesus. A vida de aparência no palco, parecendo que tudo está sempre bem debaixo de uma “cobertura apostólica” que eu não sei de onde vem. A prosperidade dos líderes religiosos atesta sua pregação. Essa prosperidade, no entanto, vem das ofertas dos seguidores-consumidores fiéis. Que não percebem que é uma simples transferência de fundos.
As pessoas não estão entendendo o que vêem, mas estão consumindo. Talvez se entendessem, não veriam. Se cabe uma sugestão, gaste esse tempo lendo a bíblia, orando, visitando um enfermo, participando de um pequeno grupo de comunhão, grave o sermão do seu pastor e ouça várias vezes, leia um livro, ouça boa música cristã. Faça algo diferente edificante.
Não estamos fechados ao fato de Deus usar qualquer um desses pregadores para falar conosco – lembre-se de Balaão. Mas se a mensagem começar a tomar um rumo do tipo Deus está só nesta igreja, ou você pode tudo sem mudar nada, não há problema com o pecado porque Cristo já pagou na cruz, pule fora. Assista o “Chaves” que, pelo menos, tem sempre uma lição moral no final.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

IRONIAS DO DIA DOS PAIS

Ontem fez um ano que enterrei meu pai. Ironicamente na hora do almoço do dia dos pais.

Pela distância de 550 km e pelos compromissos de pastor , os últimos anos foram ausentes de toda celebração de família. Natal, Ano novo, Aniversários e, claro, Dia dos Pais se resumiram a telefonemas de felicitações. As visitas eram sempre nas férias. É muito pouco para quem deve tanto aos pais.

Meu primogênito, que hoje tem trinta anos, nasceu numa sexta-feira que antecedeu o dia dos pais. Minha esposa ainda estava no hospital e eu já recebia meu primeiro presente do dia dos pais na igreja. Nunca me esqueci. Foi um pente (que hoje não serviria para nada) e um lenço (que é o que eu mais preciso hoje). Nunca me senti tão importante.

Vinte e nove anos depois, no aniversário do meu filho, eu que não pude estar com meu pai nos últimos vinte "Dia dos Pais", deixei tudo, viajei e estava ali para enterrá-lo. Nunca me senti tão inútil.

São ironias, mas nem todas do destino. Se eu não tive influência em ser pai tão perto do dia dos pais, tive em só estar perto do meu pai naquele dia dos pais em especial.

Não haverá um amigo na terra igual ao Seu Arlindo, mas ainda há outros e eu estou descobrindo a duras penas que o tempo não para, estando perto ou longe. Que os anos ficam mais curtos quando a gente envelhece e que uma perda dói muito mais quando se perdeu tempo não estando junto.

Ainda tenho mãe, irmãs, esposa, filhos noras e netas. Tenho bons amigos espalhados por aí que, teimosamente, vejo pouco. Que a misericórdia de Deus me permita aprender a desfrutar de suas companhias por muito tempo.

Um escritor brincou, uma vez, dizendo que suas melhores idéias foram roubadas por aqueles que viveram antes dele. Digo isso de Fernando Pessoa que me roubou as palavras que eu queria dizer nesse Dia dos Pais sem meu pai. Meu melhor amigo.

Ao meu grande amigo

"Um dia, a maioria de nós irá se separar.

Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora,
as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que compartilhamos.

Sentiremos saudades até dos momentos de lágrimas,
da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano,
enfim... do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje, não tenho mais tanta certeza disso.

Em breve, cada um vai para um lado, seja pelo destino,
ou por algum desentendimento, e seguirá a sua vida.
Talvez, continuemos a nos reencontrar, quem sabe...
através dos e-mails trocados. Podemos nos
telefonar, conversar algumas bobagens...
Aí os dias vão passar, meses. anos...
até este contato, tornar-se-á cada vez mais raro.
Vamos nos perder no tempo...

Um dia, nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão:
'Quem são aquelas pessoas?'
E, diremos... que eram nossos amigos. E...
isso vai doer tanto!
Foram meus amigos, e foi com eles que vivi
os melhores anos de minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
E quando nosso grupo estiver incompleto...
nos reuniremos para um último ADEUS de um amigo.
E entre lágrimas, nos abraçaremos.
Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado, para continuar a viver a sua
vidinha isolada do passado... E nos perderemos no tempo...

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo:
não deixes que a vida
passe em branco, e que pequenas adversidades,
seja a causa de grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor,
que tivessem morrido todos os meus amores,
mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"

Fernando Pessoa


sexta-feira, 29 de julho de 2011

Moçambique - Siluvo

Em Siluvo os moradores apreciam comer ratos. Insistem que esses ratos são do mato e que são limpos.
Eu optei por comer mandioca

Moçambique - Siluvo

Casa típica da aldeia. Varas, pedras e revestidas de barro.

Moçambique - Siluvo

Por ser uma região afastada, a maioria fala o dialeto sena. Os jovens da igreja de Dondo ajudam o missionário conduzindo os estudos para aqueles que não falam português e ajudando na interpretação das mensagens. O jovem de roupa clara é o Felizardo que me interpretou na ministração da Palavra.