terça-feira, 5 de agosto de 2008

Pastoral de domingo 3 de agosto

Se o senhor tivesse falado um pouco antes.....

Sabe aquelas histórias trágicas que a gente ouve e que, de tão trágica, parece inverossímil. Pois é, esta é uma dessas. Eu a ouvi quando estudava especialização em missões na Faculdade. Por alguma razão esta história, no meio de tantas histórias sobre a urgência missionária, ficou incomodando minha mente por muitos anos.
A história é de um missionário recém chegado à Índia. Ainda fazia suas visitas de reconhecimento dos costumes locais e do comportamento individual das pessoas, quando deteve-se numa mulher que abraçava seu filho recém nascido e se deslocava de um lado para outro, às margens do rio sagrado para os indianos e principalmente para os Indús.
A mulher parecia relutante sobre algo que tinha que fazer embora não quisesse. A suspeita se confirmou. Depois de um último abraço e um longo beijo, a mulher jogou a criança dentro do rio que, aos poucos, foi absorvendo a crianças em suas águas escuras.
O missionário, chocado, correu na direção da mulher e perguntou por que fizera aquilo. Se fosse um filho indesejado ou não tinha como criar, que desse outra família. Sua surpresa foi maior quando ela revelou ser exatamente o contrário. Ela amava o filho mais do que tudo e tinha condições de criá-lo como um príncipe, mas fizera aquilo para agradar os deuses e para ser abençoada na sua vida espiritual.
Ainda em choque, o missionário, longamente, explicou que Cristo já havia morrido em nosso lugar e que o preço da nossa redenção já estava pago.
A mulher olhou firmemente para o missionário com um misto de gratidão e desilusão e disse: “Se o senhor me tivesse dito isto há alguns minutos, meu filho ainda estaria vivo”
Existem urgências e urgências. Algumas urgências estão na esfera dos anos, meses. Há outras, no entanto, que são de minutos. Se esperarmos para agir, algo desastroso pode vir a acontecer com reflexos para a eternidade.
Você deve estar pensando na questão missionária e não está errado. Mas vai mais além. Há decisões e ações que se demoradas em se tomar, podem trazer tragédias irreparáveis.
O pecado é uma delas. Um minuto de pecado pode destruir uma vida. A consagração à santidade é outra. Retardar esta decisão pode já não ser a mesma coisa para o corpo, a mente e o espírito.
É claro e óbvio que trabalhar por vidas está incluído nesta lista. Pense em quantas vidas são prejudicadas a cada minuto que você retarda sua ação.
Acrescente a esta lista tantas outras decisões que se não forem tomadas com urgência pessoas vão sofrer, inclusive você.
Fiquem na paz
Pr.Sidnei

Visita do Pr. Sidnei à Missão AMME evangelizar

Na ùltima sexta feira estive falando aos missionários na sede da Missão em Santo André.
O pastor José Bernardo (FOTO), Presidente da Missão, trouxe um palavra de encorajamento ante os desafios do Brasil e um palavra sobre os missinários que estão na China por ocasião dos Jogos Olímpicos.
Foi um tempo precioso de gratidão a Deus pelos avanços nas áreas de treinamento e consultoria em evangelismo em todo Brasil.
Após o culto houve uma gostosa refeição.

Visita à Missão AMME Evangelizar






Meditamos sobre como o missionário pode investir em si mesmo para ser mais equilibrado e produtivo na obra, baseado em Filipenses 4. 5-9.


1. Sendo receptivo aos ensinamentos (v.5)


2. Não produzindo ansiedade (V.6)


3. Protegendo a mente (V.8)


4. Praticando as virtudes do evangelho (v.9)










Sindrome de Mãe Coruja - Como levar seus filhos à morte por uma avaliação equivocada
Os livros das minhas netas de sete e nove anos trazem artigos sobre a camada de ozônio, biosfera, aquecimento global para ensinar interpretação de texto e para desenvolver o vocabulário, mas nem sempre foi assim. Eu estudei com fábulas e estórias como "Quem manda na floresta?" ou "A cautela da cotovia". Havia também as estórias com fundo moral que no final fechava com um provérbio que visava melhorar o caráter das crianças.
Das estórias mais marcantes estava a da "Mãe Coruja". Nessa estória um gavião sempre que voava pela floresta , à medida que passava pelos ninhos ia abocanhando os filhotes de todos os pássaros e aves. Um dia, a mãe coruja passou pelo gavião, suspeitando que ele iria para a floresta e que seu filhotes estavam desprotegidos no ninho, usou de todos os argumentos para tentar livrar sua prole. Lembrou-se, então, que o gavião lhe devia favores e apelou para a consciência do gavião. O gavião, então, cedeu aos apelos da senhora coruja e prometeu poupar os seus filhotes. "Como vou identificar seus filhos" - perguntou o gavião - a coruja, mais que convicta, responde: "É fácil, meus filhos são os mais lindos da floresta". Com essa informação o gavião sobrevoou as árvores e quando viu um ninho com quatro criaturas horríveis pensou: "certamente estes não devem ser os filhos da comadre coruja" e os abocanhou.
O que me intrigou foi o fato do meu livro achar que a coruja era um bom exemplo moral e a estória terminava com a solene frase " Quem ama o feio, bonito lhe parece"
Tá bom! Como eu era uma criança de nove anos, não pensei muito sobre o quanto a coruja foi culpada pela morte dos seus filhos. Hoje, pai, avô e pastor tenho visto a mesma síndrome da mãe coruja. Pessoas expondo seus filhos à morte (do caráter, da espiritualidade, da maturidade e até física) por uma avaliação equivocada sobre quem eles realmente são. Vamos ver onde a coruja errou para que nossos filhos não tenham o mesmo destino dos filhos da coruja.
Se a coruja tivesse uma visão realista da feiúra dos seus filhos eles não teriam morrido. Não é falta de amor ter um visão realista do caráter, da índole, do comprometimento e da espiritualidade dos nossos filhos. Isso nos permite ajudá-los. Há pais que não querem ver o que seus filhos realmente são. Realçam as virtudes para compensar as deficiências de caráter e assim amortizam suas consciências.
Se a coruja soubesse que por repetir reiteradas vezes que eles eram lindos, não os tornaria lindos seus filhos não teriam morrido. Há pessoas que profetizam e decretam que seus filhos são e serão bençãos e deixam o destino cuidar do resto. O tempo vai passando, os filhos vão crescendo, a coisa vai piorando e nada é feito. Não há admoestação, confrontação, apenas um otimismo exacerbado que leva a cegueira.
Se a coruja considerasse a avaliação dos de fora sobre seus filhos eles não teriam morrido. Provavelmente a coruja achava que os comentários dos outros pássaros sobre a beleza de seus filhotes eram por pura inveja. O mínimo que ela poderia fazer era acompanhar o gavião, pois podia ser que o gavião também pensasse como os outros pássaros. Mas ela estava tão segura da sua avaliação que não precisou conferir. Cansei de ouvir de mães que não aceitam avaliação do caráter de seus filhos. "Não importa o que vocês pensam, para mim ele é uma bênção" - Essa segurança cega pode causar a morte dos filhos.
A bíblia fala de um pai que não quis ver o que todos já tinham visto nos seus filhos - O sacerdote Eli. Ele os amava demais para crer que eram maus. Quando esboçou uma exortação já era tarde demais. Perdeu dois filhos por amar errado.
Confesso que não foi prazeroso julgar minha amiga dona Coruja tantos anos depois, no entanto eu acho que quem ama o feio deve amá-lo mais porque é feio e precisará de apoio psicológico neste mundo de culto à beleza, assim como aqueles que tem problemas espirituais, morais, precisam de mais amor para encontrar uma saída, mas o que ele não precisa é de uma avaliação equivocada que o expõe às garra do "gavião" das nossas almas.