terça-feira, 27 de novembro de 2007

Sermão de domingo 25/11

ESBOÇO DO SERMÃO DE DOMINGO 25/11/2007

DESFRUTANDO AS BENÇÃOS DE DEUS PLENAMENTE (Lucas 17.11-19)

INTRODUÇÃO
A bíblia não promete a ninguém que pretenda seguir a Jesus que sua vida será um mar de rosas.Ao contrário, Jesus adverte quanto ao custo do discipulado e declara que haveria aflições.
A mesma bíblia, no entanto, nos estimula à, ao invés de ficarmos ansiosos quanto aos nossos problemas e necessidades, tornar tudo conhecido em orações e súplicas.
Somos, portanto, constantemente alvos das bênçãos de Deus, suprindo nossas necessidades e operando milagres em nossa vida.
O texto mostra como a nossa atitude diante de Deus define a profundidade e plenitude que podemos desfrutar as bênçãos de Deus.

1. DESFRUTAMOS AS BÊNÇÃOS DE DEUS QUANDO RECONHECEMOS QUEM É DEUS E QUEM SOMOS NÓS.
Os dez leprosos foram abençoados porque:
. Foram até Jesus (12)
. Sabiam que Jesus poderia curá-los (12)
. Sabiam que eram impuros e que deveriam ficar distante (12)
. Clamaram o mais alto que podiam por misericórdia e não exigiram nada (13)

2. DESFRUTAMOS AS BÊNÇÃOS DE DEUS QUANDO MANTEMOS A FÉ, INDEPENDENTE DA FORMA COMO DEUS QUER AGIR.
Os dez leprosos foram abençoados porque:
· Apesar de saberem que outros foram curados de lepras imediatamente e eles não,
· Apesar da decepção de receberem a cura ali,
· Apesar de terem recebido a ordem de Jesus para irem ao sacerdote sem serem curados,
Foram pela fé em Jesus. E aconteceu que, indo, ficaram curados. (14)

3. DESFRUTAMOS “PLENAMENTE” AS BÊNÇÃOS DE DEUS QUANDO SOMOS AGRADECIDOS
Apenas um dos leprosos recebeu uma bênção espiritual maior que sua cura porque:
Reconheceu que sua cura tinha sido um milagre e que não deveria continuar caminhada como se nada tivesse acontecido (15)
Reconheceu que sua bênção fora intervenção de Deus e que todos deveriam saber (15)
Entendeu que o lugar de quem foi curado por Jesus é aos pés de Jesus em atitude de gratidão e adoração. (16)
Agiu de acordo com suas convicções independente da maioria. (17,18)

CONCLUSÃO
Você, que foi limpo da enfermidade mortal que é o pecado, é grato a Jesus?
Como você manifesta esta gratidão?
Quando voltamos aos pés de Jesus em gratidão, adoração, dedicação, serviço, recebemos bênçãos espirituais muito maiores que os milagres recebidos.
Há bênçãos maiores esperando pelos que reconhecem, agradecem, adoram e vivem, por gratidão, aos pés de Jesus.

domingo, 25 de novembro de 2007

CISTERNAS E FONTES NA EDUCAÇÃO TEOLÓGICA

Li, numa revista de educação, uma analogia feita pelo educador e escritor Rubem Alves - que já foi mais conhecido como teólogo e pastor - entre alguns aforismos do poeta inglês William Blake e a Educação. Aforismos são expressões muito sintéticas, que contém mensagens ou sentido muito profundos e que por isso se tornam máximas, como alguns provérbios da bíblia.
“As cisternas contêm; as fontes transbordam”. Rubem Alves começou por esse aforismo sua analogia. Cisternas são buracos que se fazem na terra para guardar água, escreve ele. São muito úteis nas regiões áridas. A água que a cisterna contém não brota dela. Já as fontes são símbolo de vida, de renovação.
Nessa analogia, o autor pondera que para se ter uma fonte não é preciso cavar, a própria água abre seu caminho. A terra não resiste à pressão da água que quer brotar.
Para alinhavar seu raciocínio, o autor do artigo, lança mão de um outro aforismo de Blake que decifra o primeiro: “O homem que nunca altera suas opiniões é como água parada: gera répteis em sua mente”. A diferença entre a cisterna e a fonte está exatamente aí: a fonte é lugar de águas sempre renovadas, sempre transbordantes, sempre em movimento. Esse ambiente não favorece a proliferação de répteis e larvas indesejáveis.
As metáforas foram usadas para dois tipos de pessoas e de educação. Há pessoas que são cisternas e há pessoas que são fontes, assim como há a uma educação-fonte e uma educação-cisterna. A educação-cisterna se propõe e se contenta em encher o buraco chamado aluno com uma água que não brota dele, estranha a ele; enquanto a educação-fonte quer fazer brotar a fonte escondida nele.
Ao ler esse artigo, não pude deixar de lembrar minhas conversas com colegas mais experientes, tanto professores como pastores também preocupados com a educação teológica que está sendo oferecida aos nossos futuros líderes. Que tipo de educação e que tipo de aluno tem sido produzido nos seminários. Fonte de permanente renovação ou estagnação¿ Fontes ou cisternas¿
Parece haver uma excessiva preocupação com a teologia sistemática sem saber o que fazer com ela, e em que ela pode ajudar os crentes a enfrentarem os dilemas do dia-a-dia. A teologia bíblica tem ocupado um lugar, parece que secundário nas preocupações do candidato a ministro, principalmente daqueles que precisarão passar por um concílio examinador para autenticarem o exercício do seu ministério. Isso deve, talvez, pelo fato dos examinadores também se contentarem a ver um desfile de citações decoradas acerca de tratados teológicos.
Um grande amigo e colega de seminário, Pr. Marco Azevedo, há muitos anos, fez uma comentário a um candidato, em um concílio que nós dois éramos examinadores, que eu nunca mais esqueci: “Há muitas pessoas que conhecem muito bem farinha, ovo, açúcar, óleo, leite, mas não sabem fazer bolo”. O sistema de educação teológica atual favorece esse tipo de memória inútil, cujos efeitos se farão sentir na prática ministerial e na vida dos membros que dependerão do alimento espiritual daqueles que foram alunos-cisternas, produtos de uma educação teologia-cisterna.
Qual é o nosso papel como educadores, quer nas instituições de ensino ou nas igrejas¿ limpar, desobstruir, cuidar das fontes para permitir renovação e transbordamento para outros. Num sistema de educação teologia-cisterna os alunos-cisternas, sempre terão no seu depósito uma quantidade de água nunca superior ao depósito do seu mestre e desse volume nem tudo será aproveitado. Esse ciclo tende a esvaziar cada vez mais a cisterna, o que não acontecerá se tanto a pessoa como a educação forem fontes.
Nossa proposta deve ser a de praticarmos uma educação teológica que favoreça a reflexão quanto à utilidade, a relevância e a aplicabilidade do ensino teológico, bem como o desenvolvimento das potencialidades de cada aluno, despertando nele o que ele tem de melhor para que seja uma fonte renovável de conhecimento.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

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