quarta-feira, 3 de junho de 2009

COISAS DO COTIDIANO

Então.... que seja o Arnaldo Jabor

Ja reparou a velocidade com que os textos se multiplicam na Internet? De repente alguém descobre um pérola e já repassa para os amigos, que repassam para outros amigos e assim, em poucos minutos, milhões de pessoas têm nas mãos alguma informação.

Outro dia o Arnaldo Jabor, numa entrevista, disse que desistiu de escrever informando que determinados textos que circulam na Internet em seu nome, não são de sua autoria. Disse ainda que alguns desses textos eram até bons. A maioria, no entanto, era muito ruim.

Outros jornalistas e escritores devem passar pelo mesmo constrangimento. Lembrei-me do Arnaldo Jabor porque outro dia, numa repartição pública, enquanto demorava ser atendido, li e reli várias vezes uma crônica atrbuída a ele por nome "Paciência". Não tenho certeza se foi ele realmente quem ecreveu, mas como eu já encontrei este texto em várias lojas e repartições públicas e, em todas, aparecia seu nome como o autor, vou partir dessa premissa.

É claro que o objetivo da crônica estar em lugar tão visível, com autoria atribuída a um jornalista tão brilhante, é estimular o cliente ou usuário do serviço a considerar a paciência uma grande virtude e, enquanto espera o serviço - que às vezes demora muito - vai se edificando com as palavras do texto, aliás, muito bem escrito fazendo apologia a paciência, a virtude de poucos.

O que eu quero, na verdade, é considerar uma frase no final da crônica. O autor termina com a seguinte afirmação: "Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual, mas seres espirituais passando por uma experiência humana". Me ocorreu o fato de quantos milhões de pessoas leram e se encantaram, como eu, com esta afirmação e quantas outras não tomaram-na como "filosofia de vida".

O intrigante, para mim, não é a beleza plástica da frase, aliás, uma característica que me fez crer que seria realmente de Arnaldo Jabor, mas o fato de a bíblia trazer, em inúmeros textos, a mesma mensagem e as pessoas não se esforçam para divulgá-la. Nunca vi, por exemplo, em uma repartição pública, um cartaz dizendo: “Louco! Esta noite pedirão a tua alma e o que tens preparado para quem será?“ Esta é a frase que Jesus disse na estória do rico que pensou que a vida era só curtir o que ele tinha ganhado honestamente em Lucas 12:20. Ou no caixa de uma loja de grife para jovens, um adesivo com o conselho do sábio Salomão para que eles pensem na sua vida espiritual, pois o espírito não morre quando o coração para de bater. Ele diz: “Lembra-te do teu criador nos dias da tua mocidade..... antes que o corpo volte ao pó de onde veio e o espírito volte a Deus que o deu”. (Eclesiastes 12.1 e 7). E não se trata de reencarnação ou tornar-se um espítito flutuante, porque a bíblia diz que “ao ser humano está ordenado morrer um só vez, vindo depois disso o juízo”. (Hebreus 9:27).

Parece que quando um jornalista da Globo diz, prestamos atenção, enviamos para os amigos, afixamos em lugar visível até tomamos como nossa filosofia de vida. O que o Arnaldo Jabor disse não é mentira, aliás, é a verdade mais verdadeira da existência humana. Só que este pensamento alcança apenas parte das explicações. Quando Arnaldo Jabor diz esta grande verdade, que somos seres espirituais vivendo uma experiência humana, falta nos dizer o porquê, mas a bíblia responde.

Somos espirituais porque fomos feitos à semelhança de Deus que é Espírito.

Vivemos uma experiência humana porque Ele nos criou para sermos a coroa de toda criação. Inteligentes, com capacidade e liberdade de decidir o que queremos. Vivemos uma experiência humana para, nesse tempo de vida, fazermos escolhas que definirão nosso futuro espiritual.

Vivemos uma experiência humana porque, nessa liberdade de escolha que Deus deu ao homem, o homem escolheu afastar-se de Deus e tem encontrado, para a tristeza de Deus, mais prazer no pecado. Essa experiência humana é o tempo que o ser humano tem de voltar-se para Deus e, através de Cristo, sair do seu estado de condenação, para que a sua essência espiritual desfrute eternamente da presença de Deus.

Jesus Cristo passou por uma experiência humana para nos salvar da morte espiritual. "O Verbo se fez carne"(João 1:14) ou "Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu único filho para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna". (João 3:16)

Nossa experiência humana é o tempo que Deus nos dá para resolver nossa situação espiritual.
Também acho o Arnaldo Jabor um grande cronista: ele levanta grandes questões. Mas só a bíblia tem as respostas para as maiores dilemas do ser humano, ou como diria Jabor: dos “seres espirituais vivendo uma experiência humana”.

Deus tem procurado, de alguma forma, fazer essas verdades chegarem ao coração do homem. A sociedade materialista rejeita tudo que é espiritual. O pensamento imediatista do ser humano o impede de pensar na eternidade. As preocupações com o corpo o impede de pensar no espírito.
Se, contudo, o ser humano moderno não gosta de ler a bíblia, mas lê Arnaldo Jabor e, com isso, venha pensar na sua espiritualidade, assim seja.
O ser humano tem que parar e pensar na sua existência eterna. Tomar providências para que, na sua experiência humana, tenha oportunidade de considerar sua essência espiritual e volte-se para Deus.
Se for através de um texto de Arnaldo Jabor.... então que seja