quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Pastoral dia 02 de novembro

OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO

Este é o título de um livro muito lindo, se não me falha a memória, do Érico Veríssimo, aliás, um dos poucos livros que eu li na adolescência. Na minha ingenuidade e quase nenhuma experiência literária, não via conexão do título com o livro. Até que descobri que era uma expressão emprestada do Senhor Jesus.

Essas palavras foram usadas durante um discurso sobre o perigo da cobiça e a avareza. Um homem queria que Jesus convencesse seu irmão a repartir sua herança com ele. Jesus viu um desespero de ambição nas palavras daquele homem e começou a fazer um discurso de alerta.
Fazem parte desta pregação de Jesus outras pérolas como: ”Guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que possui” (Lc 12.15). A televisão, através de alguns programas ditos evangélicos, não faz outra coisa senão tentar desmentir Jesus e muitos dos nossos já foram contaminados com a inquietação, não aceitação, ou ainda, revolta contra não ter os melhores bens. Não vão descansar enquanto não tiver o que determinaram, não importa quantas almas precisem ir para o inferno por causa desta corrida maluca.

“Olhai os lírios do campo” está no verso 27 junto com outras expressões como: “não andeis ansiosos pela vossa vida quanto ao que haveis de comer ou vestir porque a vida é mais que o alimento e o corpo mais que o vestido” (22,23). Quando Jesus nos manda olhar os lírios do campo, Ele quer mostrar nosso valor natural para Deus, nossa incapacidade de fazer algo além da obra de Deus na nossa vida e nossa excessiva preocupação conosco mesmo. Preocupação que não nos fará andar nem um côvado (dois palmos) além do que está previsto na nossa caminhada de vida.

Olhar os lírios do campo significa preocupar-se com o que realmente é importante, o que tem valor eterno, que pode nos dar riquezas no céu. Que buscar o reino de Deus é mais inteligente do que passar a vida buscando bens e reconhecimento.

Olhar os lírios do campo vai nos revelar o que tem sido importante realmente para nós. Vai nos fazer refletir sobre quanto do nosso tempo, pensamos nas coisas de Deus.

Faça um teste: Quanto tempo você da sua mente se ocupa, involuntariamente, das coisas ligadas à igreja? Para ser mais específico: Você já se surpreendeu pensando em como encher os bancos da igreja de pessoas salvas por Jesus? Já se sentiu responsável por isso? Lá pelas 18h30 já veio à sua mente, que pessoas estão dando aulas de reforço escolar para não crentes, e que precisam de oração e ajuda? Às quintas à noite, assistindo TV, já teve um ataque de culpa por não estar na entrega de marmitex evangelizando os marginalizados? Já se sentiu incomodado a visitar, exortar ou animar um membro, irmão seu da igreja, que está fraco na fé e ausente? Sábado à tarde, quando você passou em frente à igreja e viu três ou quatro pessoas tentando salvar algumas crianças de uma rota certa de perdição e sentiu, pelo menos, vontade de oferecer ajuda? Você já, pelo menos pensou, em como trazer as pessoas faltantes à EBD e aos cultos? Você já chorou por ver que tão perto da igreja haja pessoas drogadas, bêbadas ou indiferentes por estarem presas por Satanás? Quando o coral parou de cantar, o que você sentiu?

Precisamos olhar os lírios do campo para ver o que realmente tem nos preocupado, porque no mesmo discurso Jesus diz: “Onde está o teu tesouro, ali está o teu coração”.

Eu te convido a Olhar os Lírios do Campo. Se não souber onde, em Ribeirão Pires tem muito.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

PAUSA PARA MEDITAÇÃO

NÃO AMEMOS DE PALAVRAS

Meus filhinhos, não amemos de palavras nem de língua, mas por obra e em verdade (1 Jo 3.18)

Pelo fato dos seres humanos nem sempre falarem o que corresponde à realidade, precisamos ou queremos provas do que foi dito antes de tomarmos decisões. Assim é com os namorados que precisam de provas que escolheram bem e que são realmente amados, antes do casamento, também o é para condenar um suspeito. Uma pessoa pode dizer o que lhe convém para aliviar uma situação aflitiva, caso recente dos rapazes que, sob tortura, confessaram ter matado a jovem em Guarulhos. Ficaram presos até que se encontrou o verdadeiro culpado.

“Falar é fácil” diz o ditado popular. Se pensarmos que essa desconfiança sobre a validade das palavras do ser humano reside no fato dele ser instável, ser infiel, agir ou falar conforme sua conveniência faz muito sentido. Apenas Deus não muda, permanece fiel e cuja palavra não se altera desde a fundação do mundo. Mesmo esse Deus, que não precisa provar nada, basta sua afirmação, dá provas daquilo que fala. “Mas Deus prova o Seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5.8)

O problema da comprovação do amor de Deus não está em Nele, mas nas características do amor que Ele nos mostra e nos pede. Amor é o que você faz, não o que você diz ou diz sentir. Amor que Deus espera de nós é muito mais do que um sentimento nobre.

João, conhecido como o apóstolo do amor coloca o amor acima da categoria de sentimento nobre:

1. É evidência que passamos da morte para a vida. Sabemos que já passamos da morte para a vida porque amamos os irmãos (Jo 3.14)
2. É evidência que experimentamos o amor sacrifical de Cristo. Nisto conhecemos o amor, que Cristo deu sua vida por nós e devemos dar a vida pelos irmãos (1 Jo 3.16)
3. É evidência da presença do amor de Deus em nós pela generosidade. Quem tiver bens no mundo e, vendo seu irmão necessitado, fechar-lhe o coração, como estará nele o amor de Deus? (1 Jo 3.17)

Jesus disse certa vez que a forma de mostrar que O ama é ter e guardar os seus mandamentos. Palavras são palavras, amor é demonstração. Se Deus que tem palavras eternas provou que amava, porque deveríamos achar que Deus vai se impressionar apenas com declarações de amor sem demonstração.

Amar a Deus é servi-lo, viver e morrer por ele. É amar sua obra e sonhar seus sonhos. Dedicar-se por inteiro: em pureza, santidade e serviço. É amar o que Ele ama e odiar o que Ele odeia.
Filhinhos, não amemos de palavra.

Fiquem na Paz
Pr. Sidnei