sábado, 7 de maio de 2011

pastoral dia das mães 2011

QUANTO VALE UMA MÃE?
Parece que virou moda mães abandonarem seus filhos em lixeiras, terrenos baldios, matas ou até jogarem na água para morrer. A desculpa é sempre a mesma quando a pessoa consegue ser presa: “Eu não tinha condição de criar”.
Ser mãe, realmente assusta, modifica comportamentos, redefine prioridades. Quando falo em maternidade, não me refiro ao ato de dar a luz, mas de ter um contato, primeiro visual, depois físico e, por último, afetivo. Uma pessoa se torna mãe, quando toma consciência de que o é. É um caminho sem volta. Quando se percebe mãe, a vida passa a ter outra cor. Por isso algumas querem se livrar dos bebês antes que se tornem seus filhos de verdade.
Você já viu uma mamãe do reino animal defender seus filhotes? Não há limites para a sua luta. Ela vai até as últimas conseqüências. É um instinto nato das mães. Esse é o estado de mãe, não é uma experiência é um estado se ser.
Quando vejo mães dedicadas, eu entendo porque algumas malucas que se aventuraram no sexo, engravidaram e, ao dar a luz, tem coragem de dar fim em um ser frágil, antes de olhar seu rosto ou tomá-lo nos braços. Quem vivem essa experiências de se perceber mãe, não tem coragem de se desfazer da sua cria, mesmo contra todas as adversidades. É melhor não começar a ser mãe, pois é um caminho sem volta.
Aquelas que decidem serem mães sabem que as noites não são mais suas; que o melhor já é não é para si; que numa loja, a primeira imagem que vem à mente dentro de uma roupa à venda é a do filho.
Quem decidiu ser mãe, optou por suportar ingratidão, optou por ter questionada sua sabedoria, optou por estar disposta a dividir o problema dos filhos, mas somá-los aos seus. Optou por fingir que não se fere, para não ferir os sentimentos dos filhos.
O valor da mãe não está no que ela faz, pois ninguém percebe que ela faz. O valor da mãe está na falta que fará seus cuidados quando ela não estiver mais por perto. Infelizmente, os casos em que as mães são reverenciadas pelos seus filhos, em vida, são exceção.
O valor da mãe não está no que ela faz, mas no que ela permite que se faça com ela por amor aos filhos.
O valor da mãe não esta no que ela faz, mas no que ela deixa de fazer para que seus filhos caminhem mais rápidos, tenham sua atenção, cresçam sendo amados, mesmo que não percebam.
O valor da mãe não está no que ela faz, mas no que Deus faz através dela, e isso, só Deus sabe.
Não dá para medir o valor de uma mãe, não porque falta critérios, mas porque é imensurável e só a eternidade revelará o valor de cada mãe.
Receba, mãe, nossa reverência. Ainda que nunca saberemos o seu real valor, muito obrigado pelo que não sabemos.
Um filho.