segunda-feira, 5 de outubro de 2009

COISAS DO COTIDIANO

“VIVER POR NADA OU MORRER POR ALGUMA COISA”

Esta frase poderia ser um aforismo de um escritor inglês (que até o fechamento desta edição não tinha conseguido lembrar o nome) especialista nessa forma literária. Foi dita, no entanto, pelo “grande filósofo” Rambo, personagem inverossímil de Silvestre Stalone.

Seus filmes são tão exagerados que a carnificina chega mais perto de comédia pastelão do que drama de guerra. Mas, crítica cinematográfica à parte, o roteiro, pelo menos no Rambo II, III, IV e outros se houver, segue uma linha interessante. O Rambo está sempre no ostracismo, procurando viver como um cidadão pacato num país de quarto mundo, mas surge uma necessidade que o impele a despertar seu instinto soldado guerreiro “made in USA” e agir dando sentido à sua vida.

Quinta feira, enquanto esperava o jantar, eu assisti “Rambo IV”. Neste filme, umas aldeias de indefesos cidadãos estavam sendo dizimadas por um exército genocida, e uns missionários, que foram ajudar os aldeões, foram feitos, também, prisioneiros. O Rambo queria continuar sendo apenas um barqueiro, mas quando viu as pessoas morrendo e os soldados contratados para salva-las querendo desistir diante do poderio do inimigo, não pode fechar os olhos à necessidade de agir. Por isso ele é o Rambo.

Por mais inverossímil que seja o personagem, por mais exageradas que sejam as cenas e, por mais piegas que sejam as frases do herói em questão, no fundo gostaríamos de ser o Rambo, principalmente porque ele sempre salva as pessoas e nunca morre. Ainda que saibamos que ele só adota a filosofia de que não vale a pena viver, covardemente, uma vida segura, mas sem sentido; porque ele sabe que não vai morrer – porque Rambo nunca morre - sentimos uma pontinha de inveja.
No fundo, cada um de nós gostaria de ser um Pastor-Rambo ou um Diácono-Rambo ou um Crente–Rambo. Ser impelido, pela necessidade, a sair do ostracismo e salvar o maior número possível de pessoas aprisionadas por Satanás, mesmo que corra risco de morte.

Sabe o porquê dessa projeção de herói no Rambo? É porque nosso subconsciente sabe que, no evangelho, é uma possibilidade real esse estilo de vida. Aliás, essa filosofia do Rambo é uma paráfrase de Paulo: “...vou para Jerusalém sem saber o que vai me acontecer, exceto o que o Espírito já me antecipou: prisões e tribulações. Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra o ministério que recebi do Senhor Jesus...” (At 20.22 – 24)

A gente ri, mas sabe que o Rambo tem razão. Não vale a pena viver por nada, sem se sensibilizar com o aprisionamento espiritual dos que estão próximos e que vemos todos os dias. Não vale a pena viver uma vida sem propósito, sem utilidade. Parece que nada nos tira da mesmice, do anonimato, do ostracismo. É como se fôssemos tele transportados de casa para a igreja e vice-versa. Não vemos nada no caminho, não sentimos compaixão, nada nos incomoda. Somos como zumbis, alheios à necessidade do mundo. De que vale morrer de velhice com esse estilo de vida?

Olhe para você! Como você tem vivido? Você consegue saber que, no mundo, a cada vez que você inspira e expira, quatro pessoas morrem e vão para o inferno, e não sair do seu estado zunbí? Você consegue olhar para as pessoas do seu bairro, sua escola, seu trabalho, aquele que te dá bom dia, que te vende o pão com um sorriso, sabendo que estão indo para o inferno e continuar como se nada estivesse acontecendo. Isso é viver por nada. Não correr riscos e chegar vivo aos cem anos com esse estilo de vida será vergonhoso.

Desperte o Rambo que há em você! Dê sentido à sua vida. Salve prisioneiros de Satanás. Invada o inferno porque, como no roteiro do Rambo, nosso final já está escrito: As portas do inferno não prevalecerão conta a igreja do Senhor.

Você não precisa morrer por algo (ainda). Basta viver por algo. Dê sentido à sua vida. Viva intensamente a vida cristã. As pessoas salvas do aprisionamento é que dão emoções à vida do crente. Viver cem anos sem essas emoções, não sei se vale a pena.

Fique na Paz
Pr. Sidnei (ainda recruta, mas chega lá)

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