segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Pastoral dia 21 de dezembro

A QUARTA FEIRA EM QUE DEUS SORRIU!

Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que nem seu próprio Filho poupou, antes o entregou por nós, como não nos dará com ele todas as coisas? Romanos 8.31,32.

A quarta feira passada foi um dia muito especial. Já sabíamos que não seria um culto normal de oração porque, como temos feito nos últimos anos, seria somente para gratidão. É um bom exercício, chegar diante do Todo Poderoso, cheio de desejos e necessidades e, ao invés de pedir, agradecer.

É uma experiência indescritível ver as pessoas, timidamente, começarem a mencionar algo que, em sua opinião, merece ser compartilhado para que a igreja se alegre com ela e, aos poucos outros vão tomando coragem ou se lembrando e o culto parece não ter fim. Sabemos que tudo que é bom vem de Deus e merece gratidão. Mas para isso existiram todas as quartas durante o ano. Quarta não! Esta quarta era reservada às coisas, que em nossa avaliação, eram gigantes e precisavam ser compartilhadas com toda a igreja.

Mesmo sendo a quarta da gratidão, foi uma quarta de gratidão diferente. O número de testemunhos por bênçãos não materiais foi algo que alegrou muito o coração do pastor. Imagine o coração de Deus.

Ninguém desfilou sua fé ou a sensação de ser o preferido de Deus, porque o ano passado estava falido e hoje tem carro importado, tem casas de aluguel, come em bons restaurantes, e vive como o rico da parábola. Nossos testemunhos foram de pessoas que, embora saibam que Deus possa, se quiser, dar todas as coisas, estão mais gratos pelo fato de Deus não ter poupado seu próprio Filho por amor a nós.

Quem esteve presente, viu os olhos brilhando de gratidão pelo simples fato de ter sua vida livre de tragédias, um emprego de doméstica, uma vaga na escola, o amor da igreja pela sua vida, por cura de enfermidade, por poder pagar a faculdade e outras coisas que os adeptos da Teologia da Prosperidade achariam desprezíveis.

Pois é! Nossa quarta de gratidão foi diferente. Deus já estava feliz por ver cumprido em nossa igreja o texto bíblico que os “da prosperidade” rasgaram de suas bíblias: Porque nada trouxemos para este mundo e é certo que nada levaremos dele. Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes (1 Tm 6.78) , mas o melhor ainda estava por vir.

Imagino o grande sorriso de Deus quando os seus filhos começaram a agradecer por conquistas que, de certa forma, foi a razão de Cristo ter morrido – quebrar as cadeias do pecado em nossa vida. Pode-se imaginar, diante de tanta coisa a agradecer, alguém agradecer por ter podido perdoar e pedir perdão ao padrasto? Ou um novo convertido agradecer a Deus por ter mudado seu gênio difícil e pedir perdão a sua irmã.

O culto foi mudando de rumo e o sorriso de Deus, imagino,tenha ficado ainda mais largo quando alguém conta que, para ela, a maior vitória do ano foi ter vencido o vício e, depois de mais de 20 anos afastada, poder se reconciliar com a igreja. Muitas outras coisas aconteceram que mostraram a maturidade espiritual da igreja e sua firmeza doutrinária no compartilhar das bênçãos. Infelizmente não há espaço para tudo, mas algo não pode ficar fora porque, além de alegrar Deus pela sinceridade e valor da gratidão, nos divertiu pela forma como foi dita. Eu vou tentar reproduzir porque foi um jeito adolescente, vocabulário compatível com a idade, mas de um significado contagiante. Foi mais ou menos assim:

Quero agradecer a Deus pela misericórdia dele porque este ano eu fui uma menina muito mau (sic). Eu fiz muita coisa ruim, fugi de casa, apanhei, fiz coisa que os amigos achavam que era legal, mas o legal é fazer o que Deus quer. Agradeço a Deus porque eu não morri este ano e deu tempo de eu me arrepender e voltar.

Por que eu acho que Deus sorriu neste quarta feira? Acho que é porque nós descobrimos o que Ele quer que realmente busquemos. Jesus disse que o comer, beber, vestir, isto é coisa que os gentios buscam e Deus sabe que precisamos e Ele nos dá. Mas, buscar a justiça do Reino é que faz a diferença. Acho que Deus olhou para nossa igreja e dizendo, Valeu a pena, sorriu!

Obrigado igreja por fazer Deus sorrir nesta quarta.
Seu pastor (que está rindo à toa)